Pastoral da Aids Nova Friburgo em ação

Oferecer assistência e apoio aos portadores do vírus HIV residentes em Nova Friburgo e seus familiares. Esse é o trabalho que a equipe da Pastoral da Aids da Diocese de Nova Friburgo vem realizando com muita dedicação e amor. Prova disso é que o serviço já se tornou referência na cidade, atendendo 190 associados de 0 a 70 anos. "Infelizmente ainda temos casos de bebês que nascem com o HIV. Temos um caso recente aqui que a mãe não fez o tratamento preventivo durante a gravidez e ainda amamentou a criança”, relata a coordenadora da Pastoral, Ana Carolina Barbosa de Souza.
Apesar de contar com poucos voluntários, a Pastoral presta um importante atendimento para uma parcela ainda discriminada da sociedade. Os associados recebem, além de cesta básica mensalmente e remédios necessários ao tratamento, apoio médico, psicológico, jurídico, social e, acima de tudo, carinho e atenção. "Alguns dos que vêm aqui sofrem preconceito dentro da própria família e enfrentam dificuldades no dia a dia”, afirma Ana Carolina acrescentando que conta com apoio de várias empresas como a HAK, Faol, Wermar além de profissionais de saúde e da área jurídica. Vale destacar que o trabalho da Pastoral é uma continuidade do desenvolvido por muitos anos na cidade pelo Grupo Amigos da Vida (GAV), que encerrou suas atividades em maio deste ano. "Devido à falta de recursos e apoio, ficou impossível prosseguir com o GAV. Como sua sede era cedida pela Diocese, a Pastoral passou a ocupar esse espaço e preencheu a lacuna deixada pelo GAV. Agora, temos planos de melhorar o atendimento e estamos em busca de um espaço viável para que possamos desenvolver novas atividades e atender com mais conforto nossos associados”, explica a coordenadora da Pastoral, que por muitos anos também presidiu o GAV. http://www.avozdaserra.com.br/uploads/SETEMBRO/12-09-2013/50%20F1.jpg "Nosso maior enfoque agora é no diagnóstico precoce”, destaca a coordenadora da Pastoral, Ana Carolina Barbosa de Souza
Importância do diagnóstico precoce é destacada pela equipe de voluntários Sempre presente em mutirões e eventos como o que marca o Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro, a equipe da Pastoral da Aids está voltada para conscientizar a comunidade sobre a importância de fazer o teste de HIV. A secretária Aparecida Brandino e os voluntários Eunice Correa e Leandro de Araújo realizam com frequência esse trabalho. Isso porque, segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente existem cerca de 250 mil brasileiros que são portadores do vírus HIV sem saber, pois nunca fizeram o teste da aids. "Nosso maior enfoque agora é no diagnóstico precoce. Grande parte da população nunca se testou e muitas pessoas recebem o diagnóstico quando já estão doentes. Por causa disso, 17% vão a óbito no primeiro ano do diagnóstico. Recentemente aqui na cidade tivemos dois casos desse tipo. Um rapaz de 25 anos e um homem de 55, que morreram sem saber que tinham aids”, afirma Ana Carolina. Ela destaca que o diagnóstico precoce torna o tratamento mais eficiente, evita doenças oportunistas e garante mais qualidade de vida aos soropositivos.
Colabore com o serviço A Pastoral da Aids é um serviço ligado à Igreja Católica que busca promover vida saudável, incentivar o cuidado de si e dos outros, evangelizar, humanizar relações e superar preconceitos, discriminação e exclusão. Interessados em acompanhar, voluntariar ou participar do projeto em Nova Friburgo podem comparecer à sede da Pastoral, que funciona de segunda a sexta-feira na Praça Getúlio Vargas 176/301, Centro. O atendimento é realizado das 8h às 11h e das 12h30 às 17h30 e o telefone para contato é o 2533-0089.
Um segundo lar para os assistidos "Aqui é um lugar onde deixo a tristeza para trás, converso com as pessoas, tomo um cafezinho e sempre encontro motivos para rir. Também recebo ajuda médica, orientação e muito apoio. Só soube que era soropositivo depois que sofri um acidente e fiz um exame. Por isso acho muito importante esse trabalho da Pastoral de chamar a atenção para que todos façam o teste de HIV.” Rene José Sobrinho, 44 anos, pedreiro licenciado "Descobri que era soropositiva em 2006 e fui encaminhada pela psicóloga do posto para o então GAV que agora é a Pastoral. Acho muito importante esse serviço porque nos dá muito apoio. Aqui encontramos pessoas que estão vivendo a mesma situação e encontramos apoio psicológico, orientações jurídicas e facilidade para conseguir atendimento médico. A Pastoral para mim é como se fosse um segundo lar onde encontro amigos de verdade. O que a gente tem aqui não encontra lá fora. Apesar dos avanços no tratamento da aids, o preconceito com os soropositivos ainda é muito grande.” Aposentada, que pediu para não ser identificada, 49 anos

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